Não há dúvidas que o atual cenário Covid-19, fez com que as pessoas repensem suas reservas financeiras, qualidade de vida, investimentos e garantias. Se busca hoje entender melhor o funcionamento dos seguros, em especial, do seguro de vida.
Um planejamento financeiro faz você garantir renda nos momentos mais delicados da vida, como doenças, acidentes e até falecimento. No seguro de pessoas, o risco envolve a vida ou integridade física do segurado, ou qualquer outra circunstância que possa afetar o segurado ou terceiro no qual o segurado tenha interesse.
A garantia prestada pela seguradora será sempre um valor definido no ato da contratação do seguro, o qual é chamado de capital segurado. No seguro de pessoa, inexiste um limite máximo de cobertura, ou de capital segurado, ou seja, a quantia devida pela seguradora ao segurado ou ao beneficiário, em caso de sinistro. O valor do capital pode ser livremente contratado, admitindo-se, ainda, a contratação de mais de um seguro sobre um mesmo interesse e junto à diversas seguradoras.
A pandemia e a necessidade de melhorar a situação financeira das pessoas as fizeram repensar sobre como montar um planejamento financeiro e proteger suas famílias das eventualidades da vida e dos riscos iminentes, devendo também as seguradoras se adequarem a essa nova realidade.
Atualmente a taxa de penetração de seguros ainda é baixa, principalmente no produto vida. Todavia, essa tendência tende a ser alterada a partir de 2020, diante da pandemia global. A estabilidade financeira proporcionada pelo seguro é fundamental. Sem ela, as perdas teriam de ser cobertas pelo patrimônio do segurado ou via solidariedade de outras pessoas.
Destaca-se ainda que, evidentemente, a pandemia trouxe seus prejuízos econômicos, contudo, o mercado de seguros contribui decisivamente para o desenvolvimento da economia e da sociedade.
Todas as épocas possuem riscos específicos, além dos de sempre em se tratando da humanidade, como exemplo os derivados das mudanças climáticas. Mas é forçoso notar que nos tempos atuais, agregaram-se riscos não esperados (Covid-19), e portanto não cobertos. Neste cenário, o gerenciamento desses riscos passará, no todo ou em parte, necessariamente, pela indústria de seguros que poderá ampliar ou não coberturas para o futuro.
Anteriormente, por ser de difícil precificação, as epidemias e pandemias costumavam ser riscos excluídos das apólices de seguro de vida, ou seja, não possuíam cobertura. Contudo, o seguro de vida tem ganhado relevância em meio ao coronavírus.
De toda forma, ainda é cedo para avaliar os impactos da doença na demanda por seguros de vida em função da pandemia, cabendo ao segurado planejar-se financeiramente, acaso queira possuir garantias para si e para sua família, pois o dia de amanhã, a humanidade já demonstrou ser uma surpresa.
Tifanny Araujo
Advogada – Trajano Neto e Paciornik Advogados