Ao final do mês de janeiro, a Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) noticiou que o Proagro e o Seguro Rural registraram aproximadamente sete mil comunicados por perdas relacionadas seca no Rio Grande do Sul, concentradas nas safras de milho, soja e uva. Mais a fundo, apurou-se que os sinistros decorreram da estiagem que assola o Estado gaúcho, desde o final do ano de 2019.
É notório que a região Sul possui grande risco de formação de geadas, grande volume de chuvas e períodos de secas prolongadas e, principalmente, que os prognósticos meteorológicos de “El Niño” e “La Niña”, cada vez mais trazem prejuízos ao agricultor destes estados.
Infelizmente, este é o cenário em que cada vez mais o impacto das mudanças climáticas afeta cadeias produtivas do agronegócio, e será estratégico integrar o seguro rural nas políticas de gestão de risco.
Nesse ambiente desafiador, fica evidente a importância social dessa modalidade de seguro, a qual reduz perdas dos produtores, garante emprego e renda com continuidade do ciclo econômico. Essa vantagem alcança as menores comunidades e os grandes centros, mas também protege a população que depende do agronegócio.
Luis Eduardo Pereira Sanches
Advogado – Trajano Neto e Paciornik Advogados