No dia 24.06, o CEO da Google, Sundar Pichai anunciou em seu Blog[1] importantes mudanças na política de privacidade de segurança e privacidade da empresa. Com enorme bastante destaque na imprensa,[2] a empresa comunicou a decisão apagar – automaticamente – os dados dos usuários após 18 meses. As alterações atingem serviços como o Maps e o YouTube.
O comunicado de Pichai destacou que a privacidade está no centro de tudo que a Google realiza, desde a segurança das videoconferências, até a decisão pioneira de não disponibilizar comercialmente o reconhecimento facial de uso geral.[3] O CEO também apontou 3 princípios que direcionam o Google com os dados:
- Segurança da informação
- Cuidado da informação com responsabilidade
- Controle pelo titular.
Embora estes princípios não sejam exatamente novos, sua implementação merece ser aplaudida. A opção configurar automaticamente um nível mais alto de privacidade é essencial, afinal as pessoas não têm tempo, conhecimento, nem paciência de configurar.
Simplificar, tornar mais clara e transparente a gestão da privacidade são medidas essenciais dentro de um planejamento de proteção de dados pessoais. Por força de normas como o Código de Defesa do Consumidor e a LGPD, adequar os produtos, sites e aplicativos para a melhor proteção de dados desde o início é uma diretriz fundamental para as empresas. Foi-se o tempo em que um “ok” no termo de consentimento, sem leitura, poderia solucionar a questão da privacidade para as empresas.
Gabriel Schulman
Advogado – Trajano Neto e Paciornik Advogados
[1] https://blog.google/technology/safety-security/keeping-private-information-private
[2] https://www.wired.com/story/google-auto-delete-data/
[3] No original: Privacy is at the heart of everything we do, whether it’s keeping Meet video calls secure, protecting you from security threats, or being the first major company to decide not to make general purpose facial recognition commercially available and create clear AI Principles that prohibit use of our tools for surveillance.